O que é mais importante em Israel: o futebol ou o respeito pelo shabbat?
Internacional. Liga israelita quase parou após tribunal ter decretado proibição de jogar ao sábado, dia de descanso semanal dos judeus
Em Israel, o fanatismo religioso ia fazendo mais uma vítima: o futebol. No sábado, como previamente marcado, jogou-se para a 1.ª e 2.ª Ligas, os principais estádios do país encheram-se e os adeptos, judeus e não judeus, vibraram com a bola a rolar. No entanto, isso esteve em risco de não acontecer: a federação israelita ameaçou suspender os campeonatos após um tribunal ter decretado que era ilegal a realização de jogos durante o shabbat (dia de descanso semanal dos judeus). A intervenção do procurador-geral do Estado, Yehuda Weinstein, evitou a paralisação, mas o braço-de--ferro entre judeus ultraortodoxos e entidades desportivas promete continuar.
O eclodir do caso nas últimas semanas (em mais um exemplo da influência crescente dos ultraortodoxos na sociedade israelita) surpreendeu quem conhece de perto a realidade local, como o futebolista português Bruno Pinheiro, chegado nesta época ao Hapoel Haifa (em 2012-13 e 2013-14 jogou no Maccabi Netanya). "O futebol ao sábado faz parte da cultura do país. É o único dia de descanso, os adeptos gostam de ir ao estádio e não querem que isso mude", diz ao DN o antigo jogador do Boavista e do Gil Vicente.
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