Duelo de milionários: glória de Laporta onde Moratti falha

Moratti já investiu quase mil milhões no Inter, mas ainda não conseguiu a taça que Laporta ergueu duas vezes no Barça

O Barcelona-Inter de Milão (hoje, 19.45, Sport TV1) não é só o jogo mais explosivo da 5.ª jornada da Champions - decisivo para a atribuição do 1.º lugar do Grupo F. É também o encontro entre dois presidentes, Joan Laporta e Massimo Moratti, que não hesitam na hora de investir em contratações. O caminho tem sido igual (milhões e mais milhões), mas o destino diferente: a glória europeia (do Barça, de Laporta) ou o fracasso internacional (do Inter, de Moratti).

Em Camp Nou, encontram-se duas equipas com uma história diferente e uma objectivo comum: a conquista da Liga dos Campeões. O título europeu é a eterna obsessão de Moratti, de 64 anos. O empresário da área dos combustíveis vive ávido de repetir o sucesso do pai, Angelo (antigo presidente do Inter e vencedor da Taça dos Campeões Europeus em 1964 e 1965). Mas não o tem conseguido, ao contrário de Laporta. O advogado catalão já leva dois títulos europeus (2006 e 2009), em sete épocas a liderar o Barcelona.

Ao longo de 15 épocas no clube de Milão, Moratti investiu 990 milhões de euros, em 157 atletas (o máximo foram 125 milhões, em 1999/2000). Mas o melhor que conseguiu foram duas taças UEFA (1996/97 e 97/98) e o domínio recente do futebol italiano (quatro campeonatos, duas taças e três supertaças desde 2004). Por Giuseppe Meazza passaram reforços como Zamorano, Ronaldo, Vieri (o mais caro: 45 milhões, em 1999), Paulo Sousa, Batistuta, Sérgio Conceição, Figo, Ibrahimovic ou Quaresma - todos sem conseguir levar o Inter à glória europeia. Com quase um quinto da contratações (37 atletas) e menos de metade do investimento (421 milhões), Laporta deu dupla glória europeia ao Barcelona.

O presidente do Barça, tão ambicioso nos relvado como no campo da política (sonhar governar os destinos de uma Catalunha independente), também não tem olhado a meios para fortalecer o clube. Ronaldinho, Eto'o, Henry, Daniel Alves e, esta época, Ibrahimovic (ex-Inter) foram aquisições milionárias de um Barcelona de sucesso. Mas, apesar de um gasto recorde desta temporada (113 milhões), pode lembrar 2006 e o triunfo na "liga milionária"... sem gastos em aquisições (só reforços a custo zero).

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG