Dilma defende investigação sobre venda de bilhetes
Dilma Rousseff explicou que a investigação policial é completamente "independente" e que "ninguém" da FIFA comunicou" com o Governo para discutir o assunto.
A Presidente brasileira, Dilma Rousseff, defendeu na sexta-feira a investigação iniciada pela Polícia Federal sobre um escândalo de venda ilegal de bilhetes para o Mundial de futebol, no qual estão implicadas pessoas ligadas à FIFA.
"É uma investigação absolutamente necessária", pois "se houver algum tipo de ilícito, deve ser investigado. E traficar bilhetes é ilegal", disse a Presidente num encontro com correspondentes da imprensa estrangeira, incluindo a Efe.
No escândalo investigado pelas autoridades está implicado, entre outras pessoas, o britânico Raymond Whelan, um dos diretores da Match Hospitality (agência de ingressos da prova).
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Whelan foi acusado de dirigir una complexa rede internacional de revenda de ingressos que operou no Mundial do Brasil e a justiça brasileira ordenou a sua detenção, mas a polícia não foi capaz de localizá-lo e declarou-o fugitivo.
Pelo mesmo caso estão detidas outras 12 pessoas, incluindo o franco-argelino Mahamadou Lamine Fofana, em cujo telemóvel foram identificadas dezenas de chamadas para membros da Match Hospitality.
Dilma Rousseff explicou que a investigação policial é completamente "independente" e que "ninguém" da FIFA comunicou" com o Governo para discutir o assunto.
Na semana passada, um magistrado do Rio de Janeiro, Marcos Kac, revelou que, segundo inquérito em curso, em cada jogo têm sido vendidos cerca de mil bilhetes por preços a rondar os mil euros.