O major Helton deixou as tropas completamente desorientadas

Numa noite de grande eficácia, os encarnados colocaram-se em vantagem na discussão por lugar na final do Jamor.

No primeiro jogo sem David Luiz, o Benfica acusou menos a saída do brasileiro que o FC Porto a ausência de Falcao, cuja lesão voltou a obrigar Hulk a actuar longe dos corredores. Disso se aproveitou muito bem o campeão nacional, que voou com Coentrão pelo lado esquerdo e pelo corredor central, zona onde o lateral-esquerdo inaugurou o marcador tirando partido de um desentendimento entre Helton e Maicon.

Aliás, o capitão do FC Porto (promovido mediaticamente a major por Pinto da Costa...) acabou espantosamente por não justificar a titularidade num jogo de Taça, já que esteve ligado aos dois tentos encarnados, apesar de ter negado o golo a Cardozo (aos 80'). Sereno era o único da defesa da casa com "direito" a nervosismo, mas para surpresa geral o defesa- -esquerdo fez uma actuação digna do seu nome e, quando Villas- -Boas precisou de mexer no onze, o primeiro preterido foi James.

Ao intervalo, Cristián Rodríguez foi lançado para oferecer outra dinâmica ao trio da frente (Júlio César só fez uma defesa no jogo!) e sobretudo permitir a Hulk experimentar um dos flancos, tanto mais que se pressentia a expulsão de Coentrão - aconteceu aos 58', forçando Jesus a apostar num 4x1x3x1, o que significou a troca de Saviola por Aimar, deixando o inoperante Cardozo no ataque.

Valeu ao Benfica a extraordinária eficácia revelada durante os primeiros 45 minutos (duas oportunidades, dois golos...) e sobretudo a capacidade de transição com bola que foi denunciada por Gaitán, um dos quatro esquerdinos titulares entre as águias. Contra as expectativas, também Peixoto entrou de início e para jogar como falso n.º 10, recuando naturalmente depois do vermelho a Coentrão.

Para conforto de Peixoto, ontem o FC Porto nunca teve "autorização" para desequilibrar pelas faixas laterais (excepção feita ao fogoso Varela), até porque no meio-campo do Dragão voltou a notar- -se a má forma do criativo Bel-luschi. Nem as entradas de Guarín e de Rúben Micael significaram soluções, embora a "culpa" tivesse sido sobretudo dos "gigantes" Luisão e Javi García, dois homens com direito a sonhar com o Jamor.

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