Doping: Riccò teve alta do hospital e foi demitido
Riccardo Riccò recebeu alta do hospital depois de ter sido internado de urgência há duas semanas com insuficiência renal aguda e febre alta. O ciclista admitiu perante os médicos que tinha feito uma transfusão sanguínea e as autoridades judiciais e desportivas italianas decidiram investigar a suspeita de doping. Agora, o corredor foi expulso da sua equipa, a Vacansoleil-DCM.
Enquanto se encontrava em estado de choque, Riccò disse aos médicos que tinha feito uma auto-transfusão, com sangue dele, que o próprio tinha mantido refrigerado em sua casa durante 25 dias, mas que poderia estar em mau estado de conservação e ter provocado a insuficiência renal aguda e a febre alta. A ocorrência da conversa foi revelada à imprensa por um médico do hospital de Pavullo, onde para onde o ciclista foi levado de urgência, antes de ter sido transferido para o hospital de Baggiovara.
Apesar do desmentido do corredor, o Ministério Público (MP) da província de Modena confirmou a ocorrência dessa conversa e manteve a investigação que foi iniciada quando Riccò foi internado. O Comité Olímpico Italiano (CONI) também abriu um inquérito, que, se concluir pela culpa do corredor, deverá impor uma suspenso vitalícia. Riccò é reincidente e já cumpriu 20 meses sem competir por doping na Volta à França de 2008.
Ontem soube-se que o ciclista recebeu alta hospitalar. Segundo fontes hospitalares, citados pela agência EFE, os médicos consideram que o estado de saúde do corredor já não é preocupante, mas aconselham que este se mantenha em repouso durante os próximos dias. Mas, de acordo com a imprensa italiana, Riccò não deverá ter muito tempo para descansar, pois a curto prazo deverá ser convocado pelo MP para prestar declarações, devendo acontecer o mesmo com o CONI.
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O ciclista não está em condições de competir, mas mesmo que estivesse já não teria equipa. Assim que saíram as primeiras notícias sobre a auto-transfusão sanguínea, a Vacansoleil-DCM suspendeu o contrato de Riccò. Agora, expulsou o corredor "com efeitos imediatos". "A ruptura das regras internacionais e outros indicadores justificam esta medida. (...) Riccò foi informado por carta certificada", explica a equipa em comunicado, lembrando que pratica "uma política de tolerância zero para com a dopagem".