Antes de depor na Liga, Vieira já teria conhecimento da defesa dos árbitros

Segundo a revista Sábado, o aconselhamento jurídico dado pela APAF aos árbitros acabou por chegar à caixa de correio de Paulo Gonçalves, assessor jurídico do Benfica

Mais um episódio do caso dos e-mails que agora cruza diretamente com o caso dos vouchers, já decidido e arquivado nas instâncias desportivas mas ainda a correr na justiça civil. Segundo a revista Sábado, o presidente do Benfica saberia, antes de depor na Comissão de Instrução e Inquéritos da Liga (CIIL), os testemunhos dos árbitros em relação à matéria que, como se sabe, foi denunciada pelo presidente do Sporting que acusava o Benfica de dar, sob a forma de refeições, prendas aos árbitros acima do que devia.

Ainda segundo a Sábado, a 7 de novembro de 2015 a APAF enviou para árbitros, árbitros assistentes, estagiários e observadores uma sugestão de resposta à CIIL, isto depois dos visados terem pedido aconselhamento jurídico. "Os árbitros e assistentes solicitaram à APAF aconselhamento jurídico, no seguimento de um pedido da Comissão de Inquéritos da Liga", confirmou José Fontelas Gomes, à época presidente da APAF, atualmente presidente do Conselho de Arbitragem.

O documento, diz a Sábado, chegou a Paulo Gonçalves, assessor jurídico do Benfica, no mesmo dia em que os árbitros e assistentes receberam o mail de aconselhamento. Paulo Gonçalves reencaminhou-o de seguida para Ricardo Costa, consultor da Abreu Advogados e antigo presidente da Comissão de Disciplina da Liga.

Luís Filipe Vieira depôs na CIIL a 11 de novembro de 2015.

Refira-se que no e-mail da APAF sugeria-se aos árbitros qque dissessem que "em toda a carreira sempre foi hábito generalizado por parte dos clubes oferecerem pequenas lembranças alusivas à coletividade ou região". E deviam afirmar que os jogos na Luz "nunca foram exceção à regra", sendo que o Benfica oferecia "lembranças nos mesmos precisos termos e contexto que os demais clubes".

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