Desporto
31 julho 2021 às 21h10

Mais um troféu para o Pote leonino. Supertaça fica com o campeão

Um golo extraordinário de Pedro Gonçalves, ainda na primeira parte, consumou a reviravolta frente ao Sp. Braga em Aveiro, garantindo a nona conquista na prova para o Sporting.

A tradição ainda é o que era e o Sporting voltou a bater o Sp. Braga numa final. Este sábado, em Aveiro, Rúben Amorim juntou a Supertaça Cândido de Oliveira às conquistas da Liga e da Taça da Liga da época passada, conduzindo os leões a um triunfo, por 2-1, sobre o conjunto minhoto, que assim continua sem conseguir bater os lisboetas numa decisão, isto apesar de até ter marcado primeiro. Os leões acabariam por dar a volta ao resultado ainda no primeiro tempo, com Pote a marcar o golo que fez a diferença num remate extraordinário, e conquistaram justamente o troféu em disputa. Foi a nona vitória sportinguista na prova, que os minhotos continuam sem vencer.

Já com público nas bancadas do Estádio Municipal de Aveiro - ainda que os adeptos minhotos não tenham esgotado os bilhetes disponibilizados -, as duas equipas, que não sofreram qualquer derrota nas partidas de preparação que efetuaram na pré-temporada, subiram ao relvado com onzes muito semelhantes aos da época passada e poucas novidades. Rúben Amorim apenas apresentou um reforço, com Ricardo Esgaio a ocupar a posição do lesionado Porro, enquanto Carlos Carvalhal apostou na experiência de Paulo Oliveira na zona central da defesa, tendo a companhia de Fabiano Souza, que esteve emprestado à Académica, no lado direito.

Com os dois capitães, Coates e Ricardo Horta, a agradecerem a presença do público antes do apito inicial, o encontro iniciou-se com as duas equipas cautelosas e um ligeiro ascendente dos "gverreiros" minhotos. Ricardo Horta, aos nove minutos, proporcionou o primeiro remate da partida a Abel Ruiz, com a bola a sair ao lado. O capitão bracarense ainda apontou um livre lateral com algum perigo, mas Raul Silva não conseguiu desviar ao segundo poste, com a resposta leonina a surgir pouco depois por Pedro Gonçalves, na sequência de um canto. O pontapé, de fora da área, saiu enrolado e Matheus não teve dificuldades em agarrar.

Todavia, aos 20 minutos, e quando as equipas já estavam encaixadas, o Sp. Braga chegou mesmo ao golo - algo que não conseguira nos três confrontos da época passada entre os dois conjuntos. Um corte de Coates saiu na direção do capitão minhoto, que solicitou rapidamente Fransérgio. Este, à entrada da área, mudou de direção e tirou Gonçalo Inácio do caminho, rematando cruzado de pé direito com a bola a bater no poste antes de entrar na baliza.

Ainda assim, o Sporting pareceu nem sentir o golo. Continuou como se nada de tivesse passado e passados nove minutos chegou à igualdade, quando um excelente passe em profundidade de Nuno Mendes deixou Jovane Cabral só com o guarda-redes contrário pela frente. Mesmo com Paulinho em melhor posição, o extremo leonino arriscou no remate com o pé esquerdo e não falhou.

Ao contrário do que sucedera com o seu adversário, os arsenalistas abanaram e o Sporting aproveitou para tomar as rédeas do jogo, no mesmo estilo da época passada. Solidez defensiva e aproveitamento dos espaços na defesa contrária. Um centro de Nuno Mendes quase permitia a Pote fazer o segundo, mas Matheus conseguiu opôr-se (33'). O mesmo já não sucedeu perto do intervalo, num lance iniciado num passe do guarda-redes de Carvalhal: Palhinha ganhou o duelo aéreo, Matheus Nunes foi rápido a meter um passe em balão na direita e o melhor marcador da Liga do ano passado não falhou, com um remate de trivela de levantar o estádio. Estava consumada a reviravolta ainda antes do descanso, tal como os leões tinham feito no último jogo de preparação frente ao O. Lyon.

A segunda metade começou da mesma forma, ou seja com os bracarenses ligeiramente por cima, mas foi sol de pouca dura. O Sporting em vantagem está no seu terreno favorito: equipa junta, solidez defensiva e muitas trocas de bola em zonas seguras, antes de sair de forma venenosa para o ataque. Com o desgaste a começar a surgir, a segunda parte foi menos interessante - mais perdas de bola, substituições - e as melhores ocasiões pertenceram todas aos lisboetas. Pedro Gonçalves foi o mais perdulário, tendo até desperdiçado um lance em que o guarda-redes do Sp. Braga fez mais uma asneira e não estava na baliza. Carvalhal lançou todas as opções ofensivas, inclusivamente Roger, um jovem de 15 anos, mas a verdade é que o seu Sp. Braga não criou uma oportunidade digna desse nome e o troféu, mais um, acabou levantado por Sebastián Coates.