Desporto
20 setembro 2021 às 18h55

No erro é que esteve a oportunidade. Benfica segue 100% vitorioso

Equipa de Jorge Jesus venceu o Boavista na 6.ª jornada da I Liga (3-1). Darwin bisou no jogo que teve um golaço de Gustavo Sauer. Desde 1982-83 que as águias não tinham um início de campeonato tão avassalador.

Um golo madrugador (e enganador para a história do jogo) ditou o rumo dos acontecimentos de um encontro que terminou com mais um triunfo do Benfica na I Liga. A vitória de ontem sobre o Boavista (3-1) foi a sexta da época em outras tantas jornadas. É o melhor registo dos encarnados desde 1982-83.

É um Benfica 100% vitorioso no campeonato e com uma liderança à distância de quatro pontos do campeão Sporting e do FC Porto. Além disso, equipa de Jorge Jesus tem o melhor ataque (16 golos, + 2 do que FC Porto) e a melhor defesa (3 golos sofridos, a par do Sporting, FC Porto e Vitória de Guimarães).

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Era preciso ir ao fantasma dos 3-0 da época passada e nada melhor que um goleador com nome de inventor da evolução da espécie para o conseguir . Darwin fez o 1-0 de cabeça aos 14 minutos. Foi a forma que encontrou de se redimir do falhanço incríveis minutos antes, quando inventou um remate de calcanhar e desperdiçou uma bela construção construída a três toques por Lucas Veríssimo e Yaremchuk, que ontem jogou de início ao lado de Darwin.

O que se seguiu depois do golo do Benfica foram os mais episódios de erros seguidos de mea culpa. Sem grande caudal ofensivo, o Boavista reagiu. Seba Pérez roubou uma bola a Weigl e ela chegou caprichosamente ao pé de Gustavo Sauer, que com um remate da primeira fez ao empate. Um golaço que nem teve tempo para ser apreciado. Sem lance imediatamente a seguir o alemão do Benfica, que ontem cumpriu 50 jogos na I Liga, redimiu-se a bola perdida que resultou no empate e fez o 2-1 para os encarnados.

A equipa de Jesus tinha mais bola, mas também tem alguma dificuldade para entrar na área em ataque continuado. Não admira por isso que os golos tenham surgido pelo ar e que não tenham tido mais oportunidades de golo para além daquelas que concretizaram. Bracali não fez qualquer defesa além dos dois golos sofridos.

Os três golos resumiam bem a primeira parte do jogo de ontem na Luz e alteração o resultado em aberto para o segundo tempo, tendo em conta que o Boavista ainda teve mais uma oportunidade de golo - defesa de Vlachodimos - além do golo que marcou.

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Jesus voltou para o segundo tempo com uma mudança no lado direito da defesa algo surpreendente - explicando no final que foi forçada devido a queixas de Diogo Gonçalves, que saiu para dar lugar a Valentino Lazaro.

Seria pela direita, mas da equipa do Bessa, a primeira ameaça do segundo tempo. Malheiro, uma das surpresas do onze do João Pedro Sousa, testou os reflexos do guardião encarnado e passava assim e de forma clara as intenções dos axadrezados para o segundo tempo. E Sauer reforçou a ideia logo depois.

E bem que Yaremchuk tentava assustar a pantera. Bem servido por Rafa, o avançado ucraniano não pediu licença para obrigar Bracali a aparecer no jogo aos 53 minutos. O mesmo Bracali apanhou logo depois um susto ... do tamanho de Luvas Veríssimo. Que falhanço do central ...

O Boavista perdia, mas não se resignava e até crescia no jogo. Quando o resultado estava em 2-1 ficou a pedir grande penalidade que podia dar o empate no jogo. Mas quem tem Darwin e Rafa tem mais um golo para a história do jogo. Não foi por acaso que o uruguaio agradeceu a oferta do português para o 3-1, que dava tranquilidade aos benfiquistas quando ainda faltava meia hora para jogar.

O avançado uruguaio esteve muito perto do hat trick. Bracali roubou-lhe essa glória com uma excelente defesa e Jesus deu-lhe o descanso logo depois. Uma saída para os aplausos.hat trick.

Depois foi uma questão de gerir os minutos e sem que o Boavista desistisse de tentar o segundo. E Everton ainda obrigou Bracali a fazer a defesa da noite. O guarda-redes que na primeira parte não fez qualquer defesa, no segundo tempo mostrou-se com três de enorme qualidade.

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Darwin foi o homem do jogo, mas não equipa a equipa. "Um prémio para um jogador significa muito, mas o mais importante é o coletivo, aquilo que o grupo fez durante o jogo. Fizemos um grande jogo para levarmos os três pontos", disse o uruguaio, sem esconder o bom momento: "Como sempre digo, um ponta-de-lança vive de golos. Quando não saem, tem de se ajudar a equipa e isso é o mais importante. Quando ganhamos, ganhamos todos. Quando perdemos, perdemos todos. Fico satisfeito por marcar e ajudar a equipa. Há que pensar já no próximo jogo. "

E o próximo jogo é com o Vitória de Guimarães no Estádio D. Afonso Henriques (sábado).E o próximo jogo é com o Vitória de Guimarães no Estádio D. Afonso Henriques (sábado).

isaura.almeida@dn.ptisaura.almeida@dn.pt