Desporto
27 outubro 2021 às 19h32

Benfica quis resolver cedo mas acabou a sofrer num jogo eletrizante que adia contas

Um jogo de alta rotação do princípio ao fim com seis golos e mais dois anulados na segunda parte. Terminou empatado (3-3) e com as águias obrigadas a vencer o Sp. Covilhã na última jornada por mais de dois golos.

A Taça da Liga foi quase sempre um patinho feio das competições nacionais, mas jogos como V. Guimarães-Benfica desta quarta-feira valorizam a prova criada em 2007-2008, com seis golos (mais dois anulados), muita entrega e incerteza no resultado. A partida no Afonso Henriques terminou empatada (3-3) e as águias estão obrigadas a vencer na receção ao Sp. Covilhã (15 de dezembro) por mais de dois golos para garantirem um lugar na Final Four da prova. Para já, o grupo é liderado pelos vimaranenses.

Jesus fez várias alterações na equipa inicial, concretamente oito mexidas. Comparativamente ao jogo com o Vizela, apenas se mantiveram Lucas Veríssimo, Otamendi e Grimaldo. Já Pepa, treinador do V. Guimarães, não foi tão radical, trocando apenas dois elementos - André Almeida e Rochinha renderam Tiago Silva e Quaresma.

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O Benfica entrou em campo sem margem para vacilar. Este novo formato da Taça da Liga, com grupos de apenas três equipas e só com o primeiro a assegurar um lugar na Final Four, não dá margem para escorregadelas (que o diga o FC Porto, que foi derrotado pelo Santa Clara na terça-feira e ficou já afastado da fase final). E os vimaranenses já tinham três pontos somados da primeira jornada.

O jogo começou com uma contrariedade e uma felicidade para Jesus. Taarabt lesionou-se e foi rendido por João Mário, mas antes o Benfica colocou-se em vantagem, graças a um autogolo de Alfa Semedo - o antigo jogador do Benfica desviou a bola para a própria baliza na sequência de um canto.

Ainda antes dos 15 minutos, as águias chegaram ao segundo golo, autoria de Pizzi (o primeiro esta temporada), que surgiu isolado na área servido por Everton e com um remate cruzado bateu Varela (podia ter feito mais). Mas quase logo a seguir, aos 21", a equipa de Pepa reduziu por intermédio de André André, que numa recarga relançou um desafio que parecia estar precocemente decidido.

O jogo estava aberto, com bons lances de parte a parte. E foi novamente o Benfica a colocar-se em vantagem antes da meia hora. Uma estreia a marcar para Radonjic (e no seu primeiro jogo a titular), com um grande golo, num remate forte e colocado após assistência de Pizzi depois de tirar um adversário do caminho. Quatro golos em 30 minutos, num jogo bem disputado e de grande entrega.

Antes do intervalo, porém, o V. Guimarães mostrou mais uma vez que não estava resignado e reduziu pelo avançado colombiano Estupiñan, num cabeceamento entre Otamendi e Lucas Veríssimo após cruzamento de Sacko. O jogo que parecia resolvido para as águias, afinal prometia na segunda parte.

A segunda parte começou também com um ritmo alto. Com o Benfica à procura de um golo tranquilizador (viu lance anulado por fora de jogo aos 57"), e o V. Guimarães da igualdade, sobretudo através de ações de Rochinha.

Pepa via o tempo a passar e aos 63" lançou em campo Ricardo Quaresma e Tiago Silva. E chegou ao golo, aos 70", que daria o empate. Mas o árbitro anulou o lance por fora de jogo de Estupiñan (na Taça da Liga não existe vídeoárbitro). Logo a seguir, Quaresma atirou ao poste. A emoção continuava no Afonso Henriques, numa altura em que o V. Guimarães crescia e colocava a equipa de Jesus em sentido.

E foi por isso com naturalidade que a equipa de Pepa chegou ao golo da igualdade, aos 83", por Bruno Duarte, de cabeça. Até ao final não houve mais golos, e fica assim tudo adiado para 15 de dezembro, dia em que o Benfica recebe e está obrigado a vencer o V. Guimarães.

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