Ministro da Cultura e Academia de Cinema lamentam morte do produtor
O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva escreveu no Twitter que António da Cunha Telles prosseguiu por quase cinco décadas uma carreira de produtor e realizador que nunca esteve confinada às fronteiras nacionais.
Pedro Adão e Silva, afirmou esta quinta-feira que "o cinema português moderno não existiria" sem os filmes produzidos e realizados por António da Cunha Telles, que morreu na quarta-feira aos 87 anos.
Relacionados
Numa mensagem publicada no Twitter, Pedro Adão e Silva escreve que António da Cunha Telles prosseguiu por quase cinco décadas uma carreira de produtor e realizador que nunca esteve confinada às fronteiras nacionais, e que ascende a mais de duas centenas de títulos".
- Cultura PT (@cultura_pt) November 24, 2022
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
António da Cunha Telles, que morreu na quarta-feira em Lisboa, aos 87 anos, é considerado um dos fundadores do designado Cinema Novo português nos anos de 1960, na esteira da 'Nouvelle Vague' francesa, e foi uma peça fundamental no aparecimento de uma nova geração de realizadores, como Paulo Rocha e Fernando Lopes, cuja estética, pensamento e posicionamento político colidiam com o cinema da altura em Portugal, então sujeito ao regime de ditadura.
"O 'Cinema Novo', de que foi um dos artífices, rompeu o isolamento português e integrou-nos nas grandes correntes que naquela década revolucionaram o cinema um pouco por todo o mundo", escreve Pedro Adão e Silva.
Também a Academia Portuguesa de Cinema reagiu à morte de António da Cunha Telles, na rede social Facebook, recordando que era membro honorário desde 2012.
"Pai, produtor, mentor e amigo de muitos dos cineastas que a partir dos anos 1960 se lançaram na aventura da realização cinematográfica, mas também precursor de meios técnicos de produção, distribuidor, exibidor cinematográfico e sempre também realizador", lembrou a Academia Portuguesa de Cinema.