Exclusivo Em Berlim há loucura francesa nos ecrãs

A Berlinale começou com Peter von Kant, homenagem de François Ozon ao génio de Rainer Werner Fassbinder, mas a primeira grande sensação é Incroyable mais Vrai, o filme de afirmação de Quentin Dupieux. A França em grande num festival incrivelmente zeloso perante a pandemia.

Como num filme de Jacques Tati ou o absurdo nestes dias deste ano de 2022: a imprensa acreditada neste festival é obrigada a mostrar teste diário, certificado com três tomas de vacina, pulseira a provar que o teste foi feito, bem como ainda a prova de identidade, isto depois de ter de ir a um site e carregar três vezes uma compra virtual de bilhetes. Não é fácil ser jornalista num festival que no meio de números assustadores de covid-19 montou em cada esquina da Postdamer Platz tendas de testes.

Surrealismos à parte, a primeira sessão da Berlinale Speciale causou uma pequena apoteose. O filme chama-se Incroyable mais Vrai, de Quentin Dupieux, músico francês que se tornou o rei do cinema chalupa no seu país. Depois de 100% Camurça e desse hilariante Mandíbulas, faz outro filme inqualificável, o caso de uma estranha, estranhíssima casa onde um alçapão para a cave faz com que se avance 12 horas, ao mesmo tempo que depois disso a pessoa torna-se três dias mais jovem. Uma máquina do tempo num subúrbio francês que causa uma crise conjugal num casal que já estava na crise de meia-idade. Ao mesmo tempo, um dos amigos desse casal depara-se com os problemas de adaptação ao seu novo pénis eletrónico, um implante que lhe permite controlar melhor a sua vida sexual.

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