Para a História recente e para o imaginário romântico de milhões, Eduardo VIII, tio-avô do atual monarca, ficou como o monarca que preferiu viver com a mulher da sua vida a ser coroado rei de Inglaterra e Imperador da Índia (título que os soberanos britânicos usaram até à independência daquele país, em 1947). No entanto, a verdadeira história de tão dramática decisão, anunciada pelo próprio através da rádio, pode ser bem mais sombria do que, durante décadas, os seus antigos súbditos e a comunidade internacional foram levados a crer. Esta é a teoria que o biógrafo inglês Andrew Lownie defende na sua obra O Rei Traidor - O Escandaloso Exílio do Duque e da Duquesa de Windsor, acabado de lançar em Portugal pela Casa das Letras.