Salário mínimo em província chinesa vai aumentar 18,6%

A província chinesa de Guangdong, a principal exportadora da "maior fábrica do mundo", vai aumentar o salário mínimo em 18,6%, depois de uma subida de 20 por cento em maio de 2010, anunciou o governo local.

Em Cantão, a capital da província, o salário mínimo vai aumentar de 1100 yuan (124 euros) para 1300 yuan (146 euros), refere o governo de Guangdong na sua página electrónica. A maioria das províncias e dos municípios da China aumentaram em 2010 o valor do salário mínimo num ano em que a inflação atingiu os 3,3%.

Em Pequim, o salário mínimo aumentou a 01 de Janeiro cerca de 20% para 1160 yuan (133 euros), tratando-se do segundo aumento em apenas seis meses, coincidindo com a subida da inflação, que, em Novembro, atingiu o valor mais elevado dos últimos 28 meses (5,1%).

Em Guangdong, que em 2009 foi responsável por cerca de 30% das exportações chinesas, existem dezenas de milhões de trabalhadores migrantes que deixaram as regiões mais pobres do interior do país em busca de melhores salários, constituindo a maioria da mão de obra das fábricas daquela província. Porém, os empregadores de Guangdong estão a enfrentar, como os de outras regiões costeiras da China, cada vez maiores dificuldades em recrutarem trabalhadores, perante o aumento do custo de vida, que tem levado muitos migrantes a regressarem às suas terras natal, onde as actividades se têm desenvolvido devido a uma melhoria das infraestruturas.

O salário mínimo na China, cujo montante é fixado por cada província ou pelos grandes municípios directamente dependentes do governo central, foi instituído em meados na década de 1990. A economia chinesa é a segunda maior do mundo, a seguir à dos Estados Unidos e este ano deverá crescer cerca de 10%. O Produto Interno Bruto (PIB) per capita, no entanto, é inferior a 4000 dólares, ocupando o 104º lugar do mundo.

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