CIP pretende salário mínimo ligado à produtividade
As confederações patronais vão reunir-se ainda esta semana com o primeiro-ministro, para discutir a chamada "agenda para o crescimento e emprego".
Em declarações ao DN, o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa disse desconhecer as propostas do Governo, mas defendeu que uma das suas prioridades é reavaliar o acordo sobre o salário mínimo nacional, que pressupunha a fixação do seu valor em 500 euros no próximo ano, tendo em conta nomeadamente a produtividade sectorial e empresarial. "Temos não apenas de reformular aquele acordo, porque o contexto económico se alterou, como faseá--lo no tempo até 2016", disse António Saraiva.
Quanto à possibilidade prevista no Código do Trabalho, e que estará também a ser avaliada, de se fazer depender o salário da produtividade, o presidente da CIP disse que essa questão estava em início de discussão quando as negociações do Pacto para o Emprego foram interrompidas, em Outubro, mas para fixar aumentos salariais tendo em conta as produtividades sectoriais e das empresas. "Isto é da maior importância, sobretudo quando se discutem aumentos para o salário mínimo", disse. António Saraiva observou, no entanto, que uma ligação entre salários e produtividade tem de ser feita "com base em factores mensuráveis e facilmente monitorizáveis".
Já sobre a indexação dos salários ao factor da produtividade individual, o patrão da indústria considera que ela "faz todo o sentido ao nível da negociação colectiva", mas admite que se trata de uma "questão mais complicada até em termos legislativos". António Saraiva defende apenas um aumento do salário mínimo ao nível da inflação para 2011.
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