Sopas, Espírito Santo e arte contemporânea

O centro de artes contemporâneas da Ribeira Grande conheceu a sua primeira enchente, com a exposição 'Pontos Colaterais'.

Uma mesa de madeira comprida acompanhada, de um lado e de outro, por bancos também de madeira. Três aparentes longas linhas que seguem a parede de betão muito negro no exterior do Arquipélago - centro de artes contemporâneas da Ribeira Grande, nos Açores. São sete da tarde de sexta-feira. Na cave, as mulheres da freguesia da Conceição preparam as sopas do Espírito Santo. No andar de cima o curador João Silvério apresenta aos jornalistas a primeira exposição do centro. O pátio principal está vazio. Ou quase. Passam de quando em vez elementos da equipa num afã nos últimos preparativos. Às sete e meia em ponto o centro de artes contemporâneas começa a encher-se de gente: é a hora marcada para distribuir as sopas e o convite chegou longe.

Entram bombeiros, pais e filhos, novos e velhos, ricos e pobres, senhoras de vestido brilhante, de ganga. De cavas, de chinelos. Há saltos altos e sapatilhas a percorrer o pátio central do enorme edifício, onde há muitos anos se destilou álcool e depois processou tabaco. O arquiteto João Mendes Ribeiro (que, com a dupla do atelier Menos é Mais, definiu todos estes sítios que agora se habitam) chamou-lhe "a primeira sala". E a sala, o edifício e, depois, a black box encheram-se de convidados.

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