Slava"s Snowshow. A neve que aquece os corações do público
A trupe do palhaço mais famoso do mundo assenta arraiais em Lisboa até domingo. Antes passou pelo Coliseu do Porto. Espreitámos os bastidores e tomámos um banho de magia.
Público de todas as idades brinca com bolas coloridas gigantes e tira fotos com os palhaços, depois de uma cena em que o "vento" e a "neve" a rodos saem do palco em direção à plateia. Há uma teia gigante, muitas bolas de sabão, papelinhos, muitos papelinhos mesmo... Isto não é bem circo, nem musical, nem espetáculo de dança. Teatro também é curto para definir as quase duas horas de espanto que é o Snowshow.
O diretor da companhia Gwenael Allan prefere sintetizar tudo com uma comparação. "O Slava"s não é uma grande produção como o Cirque du Soleil ou alguns musicais, que têm grandes efeitos mas muito poucas emoções. Criamos magia com muito pouco, com truques clássicos, teatrais, mas tudo é extremamente preciso. Parece muito simples, mas é complexo. A simplicidade que cria o grande efeito. Não gosto de muito de falar sobre números, mas mais de seis milhões de pessoas viram o espetáculo pelo mundo. Transformamos esse público em crianças, não de uma forma infantil mas de uma fora poética. Nenhum outro teatro faz isto."
Este é o espírito do Slava"s, um espetáculo que depois de na sexta e no sábado ter estado em exibição no Coliseu do Porto sobe ao palco do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, entre hoje e domingo. Segue-se mais uma temporada na Catalunha, antes do regresso à Rússia, mas a itinerância é uma constante nesta companhia que trouxe a Portugal 15 elementos, entre técnicos e performers. Há truques no palco, mas também fora dele para cumprir os mais de 300 espetáculos anuais que têm para fazer.
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