Saudades dos comboios de Hitchcock...

A RAPARIGA NO COMBOIO, Tate Taylor

Bem sabemos que, desde os tempos remotos do mudo, o cinema tem sabido inventar-se e reinventar-se através dos livros. Para nos ficarmos por uma referência emblemática, lembremos O Desconhecido do Norte-Expresso (1951), de Alfred Hitchcock, baseado num romance de Patricia Highsmith.

Aliás, o exemplo vem muito a propósito, já que, como tem sido amplamente dito, escrito e repetido, A Rapariga no Comboio adapta um livro de Paula Hawkins centrado na figura de uma mulher que, na sua rotina diária de comboio, observa os habitantes de uma casa, descobrindo, ou julgando descobrir, qualquer coisa de criminoso...

Deixemos Hitchcock em paz - qualquer breve cena do seu filme é mais subtil e inteligente que toda a "trepidação" de A Rapariga no Comboio. Porque, de facto, este parece ser um daqueles filmes cujo único conceito (?) parece ser o de lançar pistas mais ou menos atabalhoadas para gerar a ilusão de que está a acontecer muita coisa. Os atores, a começar por Emily Blunt, bem se esforçam, mas não conseguem salvar um projeto tão simplista.

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