27 julho 2017 às 00h18

Relva fresca, campismo renovado e discoteca no ar esperam festivaleiros

A menos de uma semana da abertura de portas do Meo Sudoeste, já está quase tudo pronto na Herdade da Casa Branca

Miguel Judas

Depois de quase dois meses de trabalho, ainda é um ambiente de estaleiro, aquele que se vive por estes dias na Herdade da Casa Branca, nos arredores da Zambujeira do Mar, onde a partir de terça-feira, dia 1 de agosto, vai ter lugar mais uma edição do Festival Meo Sudoeste. A famosa roda gigante está apenas pela metade e os três palcos também ainda são pouco mais que uma estrutura de andaimes, mas tudo o resto já está quase pronto, até porque a zona de campismo abre já no próximo sábado, três dias antes do início do festival.

"Praticamente já só faltam os festivaleiros", diz com humor Luís Montez, o patrão da empresa Música no Coração, que desde há 20 anos aqui organiza o festival, enquanto conduz um carrinho de golfe pelo recinto. A visita guiada tem início no backstage e continua ao longo do relvado, de um verde vivo como é raro encontrar por estas paragens. "Foi semeado na altura certa e regado todos os dias, para estar no ponto para o festival", explica o empresário, que de seguida aponta para "uma das grandes novidades deste ano".

A uma primeira vista parece apenas uma vulgar discoteca ao ar livre, com luzes e uma bola de espelhos atarraxadas a uma estrutura de metal. "E é, mas com o pormenor de que vai estar suspensa por uma grua a muitos metros do chão", esclarece Montez, guinando agora o pequeno veículo em direção à zona de campismo. A exemplo de anos anteriores, foi aqui que foram feitas as maiores melhorias.

Chegar cedo é o segredo

Este ano, pela primeira vez, haverá uma zona para acampar junto ao carro, mediante o pagamento de mais 40 euros. Um pouco mais à frente, numa área de eucaliptal muito concorrida pelos campistas, o solo foi terraplanado em socalcos, "de modo a facilitar a montagem das tendas". Ali mesmo ao lado, numa clareira em forma de anfiteatro, vai ficar instalado um palco, que irá funcionar entre sábado e segunda, antes da abertura de portas do festival, para animar os campistas que entretanto forem chegando. "Aconselho as pessoas a virem cedo, para conseguirem um bom lugar, porque a partir do primeiro dia isto já vai estar quase tudo lotado."

Como habitualmente, um dos pontos mais concorridos será a "praia do canal", também ela melhorada este ano, surgindo agora com as margens cimentadas, "para evitar que as toalhas se sujem". Mesmo em frente, uma antiga ruína foi transformada este ano num "bar da praia", para servir de apoio ao espaço balnear, que funcionará todos os dias entre as 09.00 e as 19.00, sendo depois disso encerrados os portões, "de modo a evitar acidentes". É também nesta área que ficará instalada "outra novidade", que dá pelo nome de Vila Santa Casa. Consiste numa tenda de circo que funcionará, durante o dia, como um palco de artes performativas e visuais, juntando "artistas convidados, público e comunidade local, para criarem arte em conjunto", refere Joana Freitas, a responsável pela programação do espaço, que durante os quatro dias de festival irá receber sessões de cante alentejano, workshops de arte urbana e espetáculos de teatro, circo ou dança.

"Fizemos um estudo e chegámos à conclusão que a maioria do público passa em média cerca de 18 horas por dia no espaço do campismo. Muitos deles, só saem daqui para ir ver os concertos, pelo que decidimos apostar ainda mais no conforto das pessoas. É essa a nossa prioridade", sublinha Luís Montez.

Não é por isso de estranhar que se repitam mordomias já presentes em edições passadas do festival, como a cozinha comunitária, as zonas de carregamento para telemóveis, o supermercado, a zona de restauração do campismo ou os mais de 500 duches, este ano de novo animados com música de dj todos os fins de tarde. O que, segundo Luís Montez, "não é assim tão comum, na maioria dos festivais do mundo, é haver wi-fi gratuito em todo o perímetro do Sudoeste" - estacionamento e campismo incluído.

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