"Luuanda" reeditado no 50.º aniversário da extinção da Sociedade de Escritores

A Fundação Calouste Gulbenkian assinala o 50.º aniversário da extinção da Sociedade Portuguesa de Escritores amanhã, dia 26 de maio, às 18.30 horas com a reedição de Luuanda

Quando, em 1965, Luuanda, de José Luandino Vieira, foi distinguido com o Grande Prémio de Novelística, o escândalo ocorreu não só no plano literário como político. E teve consequências, isto porque o autor do livro estava na altura detido pelo regime de Salazar na prisão do Tarrafal, na Ilha do Sal em Cabo Verde.

Há 50 anos, por volta das 22.00 do dia 21 de maio de 1965, a sede daSociedade Portuguesa de Escritores, localizada na Rua da Escola Politécnica, foi assaltada e saqueada por indivíduos "desconhecidos", apoiados por elementos da PIDE e da Legião Portuguesa. No Diário de Notícias do dia seguinte podia ler-se: "Os assaltantes começaram por afixar, numa das portas de entrada, um dístico onde se podia ler 'Agência dos terroristas na Metrópole'. Todo o mobiliário foi completamente destruído. Portas e janelas foram danificadas. Os candeeiros e as molduras partidos. Máquinas de escrever e ficheiros ficaram inutilizados". Estava extinta a Sociedade Portuguesa de Escritores.

Meio século depois, a Associação Portuguesa de Escritores e a Editorial Caminho assinalam o 50.º aniversário da extinção da Sociedade Portuguesa de Escritores, na sequência da atribuição do Grande Prémio Novelística de 1965 ao livro Luuanda de José Luandino Vieira, com uma sessão que contará com as intervenções do presidente da APE, José Manuel Mendes, e da historiadora Irene Flunser Pimentel. Na ocasião será ainda lançada uma edição comemorativa do livro Luuanda.

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