Coleccionadores e curiosos na liquidação total da Buccholz

"Já devemos ter vendido um terço dos livros, isto é, cerca de dez mil", admite José da Ponte, um dos responsáveis pela liquidação total do stock da Livraria Buccholz. Os "saldos" começaram terça-feira, e muitos dos livros mais raros voaram das estantes nos primeiros dias. Mas de então para cá as filas ainda não diminuíram. Até porque todos os dias novos clientes descobrem as promoções através da comunicação social. "Sim. E este fim-de-semana vai ser a loucura", prevê, convencido que no Natal não restará um livro.

Muitos, desde biografias a romances e até títulos técnicos, custam apenas um euro. Os restantes sofreram descontos significativos. Francesco, italiano de 29 anos a residir em Lisboa, dá um exemplo. "Em Itália, estas obras de Tomás de Aquino custam imenso: entre 50 e 60 euros por volume. Aqui estão só a 15", relata. E não se pense que a diferença se deve ao facto de a tradução ser mais barata. O jovem, que soube da venda através da televisão, leva as edições italianas.

Nem toda a gente leva, porém, os livros importados que deram fama à loja da Duque de Palmela. Muitos aproveitam mesmo para comprar as prendas de Natal. Como Catarina, que esperou meia hora nas longas filas que se formam no espaço para comprar uma dezena de livros. Custaram todos 50 euros e alguns são já prendas de Natal. Mas nem toda a gente resiste às filas e há os que acabam por sair de mãos a abanar. Talvez voltem noutro dia. Até ao Natal a loja estará aberta todos os dias, das 10.00 às 20.00.

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