Fortaleza de Valença recebe investimento de dois milhões

Investimento de dois milhões permite finalizar obras de requalificação, que arrancam até ao final do ano.

A quarta e última fase da requalificação da fortaleza de Valença deverá arrancar até final do ano num investimento de dois milhões de euros, financiado pelos fundos do programa Norte 2020, afirmou hoje a autarquia local.

Em comunicado, a Câmara Municipal de Valença adiantou que esta fase "fecha o ciclo de intervenções de requalificação da fortaleza iniciado em 2004 e que representa um investimento global de 8,5 milhões de euros".

De acordo com o município, o concurso público já foi lançado, sendo que com esta empreitada "o espaço público da Fortaleza, intramuros, fica completamente remodelado, no que toca às infraestruturas, desenho e funcionalidades das ruas e pracetas".

"Trata-se de uma obra que eliminará definitivamente os cabos elétricos e de telefones suspensos e as antenas recuperando a zona histórica uma matriz mais original. As infraestruturas passam todas para as galerias técnicas", explicou.

A quarta fase, que vai decorrer durante um ano e incidir na parte norte do monumento nacional, prevê "estacionamento ordenado, mais espaços verdes, circuitos pedonais nos topos da muralha, novo mobiliário, adaptando os conceitos base já estabelecidos nas intervenções anteriores e contam com o cunho do arquiteto Eduardo Souto Moura".

A requalificação da fortaleza com começou em 2004 projetada por Souto Moura. Na altura, o arquiteto comparou a intervenção a uma prótese dentária, dizendo que, "no final das obras, Valença não será a mesma, mas manterá a mesma cara".

A intervenção foi "precipitada" por um alerta emitido em julho de 2003 pela Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), dando conta de que a fortaleza corria o risco de derrocada, face à "deficiente" drenagem de águas pluviais e à "decrepitude" das redes de infraestruturas subterrâneas.

A fortaleza de Valença, monumento nacional, candidata a Património da Humanidade, assume particular importância pela dimensão, com uma extensão de muralha de 5,5 quilómetros, e pela história, tendo sido, ao longo dos seus cerca de 700 anos, a terceira mais importante de Portugal.

A fortaleza desempenhou um papel preponderante na defesa dos ataques de Espanha e chegou a receber cerca de 3.500 homens, em dois regimentos do Exército. A presença militar só terminou em 1927, com a saída do último batalhão do Exército.

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