Festival Citemor arranca hoje edição "de resistência"

A 34.ª edição do festival CITEMOR arranca hoje, em Montemor-o-Velho, marcada pelos cortes financeiros e com o futuro em risco, assume a direção do certame.

Num documento anexo ao programa do festival, que decorre até 11 de agosto, a direção avisa que o Citemor 2012 poderá "ser o último" organizado, como consequência dos cortes financeiros à produção.

Os responsáveis do festival acrescentam ainda que a edição deste ano é de "resistência" e "decorre em circunstâncias extraordinárias", porque os "cortes sucessivos", impostos pela Direção-Geral das Artes, representam "uma perda de 75 por cento" de apoios em dois anos.

Ao contrário de anos anteriores o Citemor 2012 passa por "uma "alteração de paradigma", deixando de produzir novas obras com criadores e companhias, algumas provenientes de residências artísticas na vila do Baixo Mondego, "e passa, excecionalmente, a ser participado por estes, que se associam ao festival", com o estatuto de coprodutores, refere o documento.

O Citemor reforça, em 2012, a presença em Coimbra, partilhando a sua programação com três dos principais espaços culturais daquela cidade: a Oficina Municipal de Teatro, o Teatro da Cerca de São Bernardo e o Teatro Académico de Gil Vicente, onde irão decorrer quatro das 14 propostas artísticas que compõem o programa.

A abertura do festival inclui uma instalação na Praça da República, em frente à autarquia de Montemor-o-Velho, que ficará no local até ao fim do evento.

A instalação, concebida pelo grupo de teatro O Bando, cria uma situação em que qualquer pessoa, sentada numa fila de cadeiras, como se de uma plateia se tratasse, é desafiada a fotografar-se de costas para a máquina e de frente para uma parede de tijolo.

A programação do dia de abertura do Festival inclui a estreia de "Recusa", pela companhia Teatro da Garagem, no Teatro Esther de Carvalho, às 22:30.

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