Corpos, sons e objetos na órbita de Sofia & Vítor
Sofia Dias e Vítor Roriz continuam a sua pesquisa de novas formas de criação com 'Satélites'. Estreia-se amanhã em Lisboa,
Podíamos chamar-lhe dança, mas isso seria demasiado redutor. O trabalho de Sofia Dias e Vítor Roriz, a dupla de bailarinos que desde 2006 tem vindo a criar espetáculos em conjunto, há muito que deixou de ser só dança. É um trabalho de pesquisa que parte do corpo - do movimento, mas cada vez mais também da voz - e que tem vindo a alastrar aos vários elementos do espetáculo - os outros corpos, o som, o cenário, os objetos. Isso é algo particularmente visível em Satélites, a nova criação, que se estreia amanhã na Culturgest, em Lisboa.
O título, Satélites, é uma herança de um espetáculo anterior, Fora de Qualquer Presente, em que, além de Sofia e Vítor, entrava um terceiro elemento, Filipe Pereira. "Referíamo-nos ao Filipe como satélite porque era uma presença periférica mas ao mesmo tempo fundamental para o desenrolar da dramaturgia da peça. Ele espoletava mecanismos que, à partida, são periféricos, como a cenografia", explica Sofia Dias. Nesta nova criação, o conceito de "satélite" foi levado um pouco mais além.
Veja um excerto do espetáculo anterior, Fora de Qualquer Presente: