"Pensei que o Ruben Alves me tinha seguido"

'A Gaiola Dourada' apresentou aos portugueses a personagem de um emigrante que tinha sempre o palavrão pronto a usar. A mãe do ator, quando viu o argumento, perguntou-lhe se ia mesmo dizer aquela quantidade de asneiras. Chama-se Maria e o pai José, como no filme. João Pedro, como lhe chamam em casa, espera vir a trabalhar com os produtores nacionais.

A Gaiola Dourada teve muitos espectadores em França e em Portugal [mais de um milhão e cem mil entradas]? O que é que este filme tem?

O guião está muito bem escrito. Representa muito aquilo que os emigrantes portugueses vivem. Todos percebem porque muita gente tem família fora.

Qual é a sua história? Nasceu em França?

Sim, eu já nasci em França. O meu pai é alfacinha, de Lisboa, a minha mãe de Viana do Castelo. Conhe-ceram-se perto de Lisboa, na zona de Caxias, Laveiras. A minha irmã ainda nasceu em Portugal. Con-heço bem a zona de Caxias, passava aí os meses de verão e sempre foi um momento importante para mim.

Reviu-se no filme [dois emigrantes em França, muito apreciados pelos seus patrões, que ganham uma herança e não sabem se devem voltar a Portugal, como sempre sonharam]?

Sim. O meu pai começou por trabalhar nas obras, a minha mãe depois tirou o curso de enfermeira. O meu pai chama-se José e a minha mãe Maria. Os meus pais sempre quiseram ser pessoas sérias e tinham o sonho de um dia voltar a Portugal. Quando li o guião pensei que o [realizador e guionista] Ruben Alves me tinha seguido.

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