'O Violinista' de Pomar vendido por 85 mil euros

Júlio Pomar reuniu as preferências de quem participou no leilão de arte moderna e contemporânea realizado pela Cabral Moncada na segunda-feira à noite. Não só porque foram vendidos os seus cinco trabalhos colocados a leilão, como dois deles se posicionam no top cinco dos mais valiosos.

Dos cerca de 400 lotes apresentados, que totalizavam mais de 885 mil euros, o resultado do leilão superou os 625 mil euros, ou seja, mais de 70% da soma dos valores--base de catálogo. A leiloeira destaca, através de comunicado, que estes números são ainda provisórios, adiantando que "tem reservados vários dos lotes retirados". É disso exemplo uma têmpera sobre papel da pintora Vieira da Silva, com o título A travers, com o valor--base de 15 mil euros.

O Violinista (1982/85) de Júlio Pomar, que tinha como base de licitação os 60 mil euros, foi arrematado por 85 mil euros, a venda mais elevada do leilão. Indigo (1975) têmpera sobre papel de Vieira da Silva, foi vendido por 36 mil euros, seis mil euros acima do preço de catálogo. O único trabalho levado a leilão de Dórdio Gomes, Auto-Retrato no Atelier (1957) atingiu os 34 mil euros, ou seja, foi transaccionado por mais 14 mil euros do valor-base .

E é outra obra do pintor Júlio Pomar que surge como a quarta mais valiosa. Trata-se de Quadros para Uma Exposição: o Veado (de Tróia), D. Fuas e Uma Fumadora de Ópio, tapeçaria da Manufactura de Tapeçarias de Portalegre, datada de 1986, que, apesar de ter ido à praça com o preço-base de 20 mil euros, foi vendida por 34 mil.

Acima dos vinte mil euros foram ainda colocadas duas obras: uma de Manuel Cargaleiro, um óleo sobre tela sem título, de 1973, vendida por 22 mil euros (o preço--base), e Paisagem de Lisboa, óleo sobre tela realizado em 1979 por Nikias Skapinakis, transaccionado por 20 mil euros (valor-base).

A Cabral Moncada Leilões classificou como "muito positivo" o saldo do leilão de segunda-feira à noite, tendo em conta que "as obras mais importantes atingiram valores muito significativos". A leiloeira destaca ainda a elevada afluência verificada durante o período de exposição e ainda no leilão, durante o qual "muitos dos participantes tiveram de permanecer de pé".

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