Arte heterogénea espalhada por uma Lisboa nómada

Durante seis semanas, cerca de 200 artistas expõem obras autofinanciadas

A arte espalha-se pela cidade no segundo Pop Up Lisboa. Os Nómadas Urbanos, tema de partida desta edição do festival, são cerca de 200 artistas nacionais e estrangeiros que durante um mês e meio terão oportunidade de mostrar os seus projectos. "Autofinanciados", explicou o presidente da Associação Pop Up City, Hugo Israel, na conferência de apresentação.

Até 11 de Dezembro, o festival desafia criadores ligados a universos da expressão artística que podem ir da escultura à pintura passando pela instalação, a intervirem em espaços alternativos, "não lugares" e edifícios desocupados, através da sua imaginação.

Além do Palácio de Verride, ao Adamastor, onde decorreu a apresentação do certame, o Pop Up Lisboa vai estar na LX Factory, no Bairro Portugal Novo, nas Olaias, no Pavilhão 27 (antigo pavilhão de internamento do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa), no Espaço Nimas e nas estações de comboio do Rossio, Santa Apolónia, Entrecampos, Oriente e Cais do Sodré. O festival tem os pés assentes em Lisboa com o objectivo de se transformar numa plataforma internacional de intercâmbio de cultura urbana.

No referido Palácio do Miradouro de Santa Catarina, está instalado o Laboratório Pop Up, que irá acolher uma exposição colec- tiva multidisciplinar e um pro- grama com performances, works- hops e apresentações temáti- cas. Além dos convidados, este espaço central do evento irá acolher a obra dos finalistas do Concurso Internacional de Projectos Artísticos.

Também haverá música, cinema, videoarte e performance no espaço Nimas, um ciclo de conversas temáticas na Fundação Gulbenkian e intervenções sociais através da Arte no Bairro Portugal Novo nas Olaias, que incluiu um churrasco comunitário.

O festival é também possível graças à intervenção dos cidadãos. O apoio da câmara foi obtido através do Orçamento Participativo, que permite aos lisboetas no qual votaram mais de oito mil lisboetas. Na apresentação, a Vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto, louvou a "componente internacional" e o "cosmopolitismo" do Pop Up. Para a responsável da autarquia, o evento é importante para a cidade pelos "diversos espaços que são objecto de transformação".

Hoje, o Pop Up muda-se provisoriamente para a LX Factory, a propósito do Open Day que semestralmente se realiza no espaço ocupado na zona industrial de Alcântara. A partir da tarde, haverá pinturas de murais,performances e instalações.

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