Rotunda na EN13 não avança por «represália política»

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O presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro da Torre, concelho de Valença, acusa o poder político de ainda não ter transformado o cruzamento da Estrada Nacional (EN) 13 com a EN202, naquela freguesia, por «represália», tendo em conta que outros seis «pontos negros» da EN13 foram já intervencionados pelo Instituto das Estradas de Portugal (IEP).

Rui Marrucho, autarca eleito nas listas do PS há cerca de três anos, garantiu ao DN que desde que o actual executivo da junta tomou posse, o troço da EN13 - que liga com a A3 -, «quer na pavimentação quer na implementação da rotunda», tem sido uma das principais reivindicações: «Já tivemos reuniões com o director do Instituto das Estradas de Viana do Castelo, que ficou sensibilizado para este caso. No entanto, os acidentes continuam, inclusive mortais, e nada foi feito», lamenta.

Indignação que sobe de tom com a constatação de que o percurso, de cerca de 100 quilómetros, entre Viana do Castelo e Melgaço, definido pela EN13 até Valença e depois pela EN101, viu recentemente eliminados seis cruzamentos, transformados pelo IEP em rotundas. São os casos de Vila Praia de Âncora, Moledo (ambos no concelho de Caminha), Vila Nova de Cerveira, Monção e Melgaço.

«O que nos estranha é que foram feitas todas essas rotundas, com excepção da de S. Pedro da Torre. Não tenho dúvidas nenhumas, pela parte em que me toca, de dizer frontalmente que não foi feita esta rotunda por represália política», garante Rui Marrucho.

Para o presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro da Torre, o importante é que com esta situação «está em causa a vida das pessoas e o trânsito, que não é escoado convenientemente nas horas de ponta».

Ainda sobre este assunto, os três deputados socialistas eleitos pelo distrito de Viana do Castelo pediram há dias explicações ao Ministério das Obras Públicas do Governo de Pedro Santana Lo- pes, questionando «as razões que motivaram, em clara e incompreensível discriminação, a não construção da rotunda» naquele cruzamento e «qual a data prevista para o arranque e conclusão da obra».

Jorge Gama, um dos deputados, acrescentou ao DN que a «conflitualidade de trânsito e a sinistralidade no referido cruzamento são deveras significativas e alarmantes» para além de que «afligem as respectivas populações, bem como o nutrido e crescente número de utentes».

Da parte do IEP há a informação de que a construção da rotunda, em S. Pedro da Torre, continua a aguardar atribuição e inscrição da correspondente verba orçamental.

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