Rogério, o golo do sonho
Ricardo. Tal como aconteceu na Luz, foi espectador atento... até ao minuto 57, quando sofreu um golo com culpas próprias. Já diz Nélson Rodrigues (escritor) que o goleiro (guarda-redes) é o único que não pode falhar, aos olhos dos adeptos claro, e Ricardo tem falhado nos momentos importantes. Sofreu o segundo pelo meio das pernas e o terceiro sofreu-o simplesmente.
Miguel Garcia. A exemplo dos últimos dois jogos em que foi titular, esteve seguro e não deu espaços ao adversário directo. Atacou bem e fez alguns cruzamentos bem medidos a servir Liedson e Sá Pinto. Mas na única falha deixou fugir Daniel Carvalho, para o 2-1.
Beto. Jogou de máscara e personificou toda a garra do leão no primeiro tempo. Foi o elemento da defesa que cometeu menos erros mas não escapa ao desacerto defensivo do segundo tempo.
Enakarhire. Regressou ao onze e cumpriu bem a tarefa de ajudante de Beto, no primeiro tempo. Seguro nas bolas pelo ar, teve dois ou três desarmes importantes, mas no segundo tempo viu-se que não está a cem por cento foi apanhado em contrapé por Zhirkov no lance do 2-1 e teve culpas no 3-1.
Tello. Jogou no lugar de Rui Jorge e esteve participativo nos lances de ataque, esqueceu-se algumas vezes de Vagner Love e Odiah e viu o perigo a rondar Ricardo.
Rogério. Jogou no meio-campo e colocou Alvalade em delírio à passagem dos 29 minutos com um grande golo, depois de um remate indefensável à entrada da área russa. Depois falhou o 2-2 de uma forma indescritível e os russos na jogada seguinte fizeram o 3-1.
Rochemback. A exibição do primeiro tempo fez lembrar o velho "Rocha". Ontem, nem as limitações físicas o impediram de ser o mais rematador e trabalhador da equipa. Jogou no "miolo" e foi muito importante a recuperar e a pegar no jogo. Não merecia perder.
João Moutinho. Voltou a jogar descaído para a esquerda e ajudou a ganhar o "miolo" ao lado de Rogério e Rochemback. Jogou muito, encheu o campo mas faltou-lhe iniciativa para o remate final e Peseiro castigou-o com a substituição.
Pedro Barbosa. Mais participativo e rápido que o habitual, o capitão entrou na área por diversas vezes a provocar cantos. No segundo tempo quebrou e mostrou que devia ter saído ao intervalo.
Sá Pinto. O menos inspirado da equipa, esteve desatento e falhou um remate sozinho em frente a Akinfeev logo ao minuto 11.
Liedson. Muito trabalhador, jogou mais para a equipa em vez das investidas loucas à área russa. Boa oportunidade de golo no início do segundo tempo, viu a bola bater nas pernas de uma adversário e perder força.