Popular 'entra' nos terminais de pagamento com cartões
Mais um banco em Portugal entrou no negócio dos pagamentos electrónicos para comerciantes. Trata-se do Banco Popular, que lançou recentemente um novo modelo de terminal de pagamento automático (TPA), o "TPJÁ!", móvel e sem fios, que o comerciante adquire e de imediato pode começar a usar. Para tal, precisa apenas de ser cliente do Popular e possuir uma conta, para receber os pagamentos dos seus clientes efectuados através dos terminais.
Como explicou ao DN Jorge Pereira, gestor deste novo produto para comerciantes do Popular, estes terminais, logo que adquiridos, estão prontos a ser utilizados para pagamentos com cartões de débito, precisando apenas de ser adaptados para receber pagamentos com cartões de crédito. "Inspirámo-nos nos serviços de operadores móveis e a comercialização do produto é a nossa principal fonte de receita", referiu. Outro objectivo será, obviamente, captar clientes e ganhar quota de mercado entre comerciantes e pequenos negócios.
O trunfo do produto do Popular assenta essencialmente na rapidez e facilidade de instalação, além da sua mobilidade.
O novo serviço do Popular utiliza como acquirer (quem gere a aceitação do pagamento com cartão) a Unicre. Assim, o comerciante paga a esta empresa as comissões pelo serviço, ou seja, pelo uso da sua rede de aceitação de cartões.
Com o "TPJÁ!", são já quatro as entidades a entrar neste segmento de mercado, embora o Popular fique de fora da fatia mais apetecível do negócio, ou seja, o acquiring. Além da Unicre, também o NetPay, do Banco Português de Negócios (BPN) e o NetCaixa, da Caixa Geral de Depósitos (CGD), estão presentes com soluções de pagamento automático junto do comércio e distribuição, gerindo a aceitação dos pagamentos feitos nos seus terminais. Uma vez que o BPN foi nacionalizado e a sua gestão foi entregue à CGD, não se sabe ainda o que vai acontecer ao NetPay, mas tudo indica que venha a ser integrado no NetCaixa. Neste momento, como referiu Jorge Pereira, do Banco Popular, os dois acquirers estão a praticar as mesmas comissões, com os valores cobrados pela Unicre "em níveis muito idênticos".