Militares franceses atacados em Uagadugu no início da visita de Macron ao Burkina Faso
\tSegunda-feira à noite, duas horas antes da chegada de Macron a Uagadugu, dois indivíduos a bordo de uma mot5orizada lançaram uma granada contra um veículo militar francês no norte da capital burkinabé, que acabou apenas por ferir três civis, um deles com gravidade.
\tAinda não reivindicado, o ataque ocorreu às 20:00 locais, longe do aeroporto -- o Presidente francês chegaria ao país às 22:30 locais -, e provocou o destacamento de um importante dispositivo militar de segurança para o centro de Uagadugu.
\tO veículo militar francês dirigia-se para Kamboinsé, onde se situa o "quartel-general" das forças especiais francesas estacionadas no Burkina Faso.
\tHoje de manhã, já com Macron no país, dezenas de manifestantes ergueram barricadas e incendiaram pneus na principal estrada de Uagadugu que liga o centro da cidade à universidade da capital, onde o Presidente francês fez uma intervenção perante cerca de 800 estudantes.
\tEmpunhando cartazes com palavras de ordem como "abaixo a exploração de África pelo Ocidente", os manifestantes bloquearam vários veículos automóveis que se dirigiam para a universidade de Uagadugu, mas não conseguiram travar a caravana presidencial, protegida pelas forças antimotim.
Macron inicia no Burkina Faso uma digressão por três países africanos, seguindo quarta-feira para Abidjan (Costa do Marfim), onde vai decorrer, até quinta-feira, a 5.ª cimeira entre a União Europeia (UE) e África, segundo, depois, para o Gana, visitas em, que pretende marcar uma "nova etapa" na relação entre França e o continente africano.
A França, antiga potência colonial, mantém uma cooperação militar ininterrupta com as autoridades burkinabés desde que o Burkina Faso, então como Alto Volta, acedeu à independência, em 1960.