O pedido consta do comunicado final da 3.ª Assembleia-Geral da AAC/FNLA, durante a qual Lino Massaqui Ucaca foi reeleito presidente de uma associação que representa os antigos combatentes do Exército Nacional de Libertação de Angola (ELNA)..A agência Lusa tem tentado contactar há vários dias o presidente da FNLA, Lucas Ngonda, para se pronunciar sobre a contestação interna no partido e também sobre a situação dos ex-combatentes, mas até agora não tem sido possível..Em março último, após um encontro com o chefe de Estado angolano, João Lourenço, o presidente da FNLA revelou que 27.180 ex-militares do antigo ELNA querem ver regularizada a sua situação de pensão e outros benefícios, tal como aconteceu recentemente com os elementos das extintas FAPLA, exército angolano, e FALA, da UNITA..Na ocasião, Lucas Ngonda afirmou que todos aqueles que participaram na luta de libertação nas FAPLA e nas FALA estão graduados como generais, à exceção dos antigos militares do extinto braço armado da FNLA, que nunca chegaram a ser contemplados. ."Eles não têm culpa que a direção política do partido a que sempre pertenceram não tenha tido tempo para abordar estas questões de forma incisiva", considerou Lucas Ngonda, aludindo às anteriores lideranças do partido fundado e presidido pelo "histórico" Holden Roberto, que morreu em 2007, e de Ngola Kabangu, que liderou a FNLA entre 2007 e 2017..Sobre o atual nível médio de pensões dos antigos combatentes da ELNA, 23 mil kwanzas (cerca de 75 euros), o presidente da FNLA disse, ainda na altura, ser pouco, defendendo uma atualização salarial..Na semana passada, a AAC/FNLA pediu a João Lourenço para elevar Álvaro Holden Roberto, a título póstumo, ao posto de General de Exército, por ter formado e comandado o primeiro exército angolano à frente do ELNA, em 1962..O pedido foi feito por Lino Ucaca quando apresentava em Mbanza Kongo, Zaire, uma mensagem no túmulo onde repousam os restos mortais de Holden Roberto, a propósito das celebrações do 56.º aniversário da fundação do ELNA..No comunicado final da 3.ª Assembleia-Geral da AAC/FNLA, o presidente reeleito para um novo mandato de cinco anos garantiu que vai trabalhar com o Governo para reduzir as principais dificuldades dos membros da organização e adotar medidas que possam beneficiar os associados e "corrigir os erros do passado".