Lear despede 202 operários de Valongo

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A multinacional norte-americana Lear Corporation avançou com um despedimento colectivo de 202 trabalhadores da sua fábrica em Valongo. A empresa, que produz cablagens para automóveis, justifica a medida, em carta enviada aos trabalhadores na semana passada, com uma «quebra das encomendas», mas os sindicatos temem o encerramento da fábrica, já que, denunciam, parte da produção está a ser deslocalizada para a Tunísia e Marrocos. A prová-lo, diz Miguel Moreira, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Eléctricas do Norte, «está o facto de trabalhadores portugueses da Lear estarem já, alegadamente, em Marrocos a dar acções de formação». A empresa, que emprega actualmente 1076 trabalhadores, está a propor aos operários visados pelo despedimento colectivo uma indemnização igual a 1,1 salários por cada ano de trabalho. Mas, acusa Miguel Moreira, «os trabalhadores estão a ser chamados individualmente, com uma pressão psicológica fortíssima, sendo ameaçados com o despedimento colectivo se não aceitarem a rescisão por mútuo acordo». A administração da multinacional, contactada pela Lusa, afirmou não pretender, para já, prestar quaisquer declarações.

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