Super-heróis?... Quais super-heróis?... O grande acontecimento do Verão cinematográfico é uma efeméride: Barry Lyndon tem 40 gloriosos anos de vida e surge em reposição em cópia nova, restaurada e digital.
Sempre disponível para todos os géneros e temáticas, Stanley Kubrick realizou esta adaptação do romance de William Makepeace Thackeray (publicado em 1844) depois de Laranja Mecânica (1971) e antes de Shining (1980).
A saga de Barry Lyndon (Ryan O"Neal naquela que é, por certo, a mais subtil composição da sua carreira), ascendendo por vias mais ou menos perversas no seio da aristocracia inglesa, transfigura-se numa tragédia suspensa, entre a concretização de um luxo utópico e a possibilidade da mais cruel irrisão social.
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Verdadeira aventura dramática e técnica (com as célebres imagens registadas à luz das velas), este é, de facto, um objecto para ser visto ou revisto no ecrã de uma sala escura, e não cortado às postas nas paisagens sem critério do YouTube ou de outras plataformas mais ou menos "sociais".
Classificação: ***** Excecional