Brasil deverá receber 549,4 ME do Novo Banco de Desenvolvimento

São Paulo, Brasil, 17 abr 2019 (Lusa) - O Brasil deverá receber 621 milhões de dólares (549,4 milhões de euros) em investimentos do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), criado em 2015 pelo bloco BRICS, fundado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
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A projeção foi divulgada hoje pelo Instituto de Pesquisa Económica Aplicada (Ipea), órgão estatal brasileiro, que informou que nos três primeiros anos de operação do NBD foram aprovados quatro projetos brasileiros para investimento.

Segundo o estudo divulgado pelo Ipea, estes projetos abrangem as áreas de energia renovável (eólica, solar e hidrelétrica), construção de estradas, reconstrução de ferrovia, saneamento básico, telecomunicações e refinarias da estatal petrolífera brasileira Petrobras.

O estudo também estimou que o défice de investimentos em infraestrutura nos países em desenvolvimento seja de um bilião de dólares (890 mil milhões de euros) a 1,5 biliões de dólares (1,3 biliões de euros) por ano.

Criado para financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países do bloco BRICS e em outros países em desenvolvimento, o NDB aprovou, entre 2016 e 2018, 30 projetos que terão investimentos de 8,1 mil milhões de dólares (7,1 mil milhões de euros).

O estudo do Ipea destacou que quase um terço do valor destina-se a financiamentos no setor de transporte, enquanto 26% é direcionado à energia limpa.

O Brasil, como um dos cinco acionistas do NDB, já investiu um bilhão de dólares (890 milhões de euros) nesta instituição e ainda deverá destinar cerca de 1,050 milhões de dólares (930 milhões de euros) até 2022.

Até ao momento o banco do BRICS terá recebido 5,3 mil milhões de dólares (4,6 mil milhões de euros) dos países fundadores, sendo que a meta é atingir 10 mil milhões de dólares (8,8 mil milhões de euros).

"É o único banco em que o Brasil tem poder igualitário de voto, entre os vários bancos multilaterais de que o país é acionista", destacou Luciana Acioly, técnica de planeamento e pesquisa do Ipea e autora do estudo.

Os países do BRICS têm 42% da população mundial e 43% de contribuição no crescimento do produto global, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2018.

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