20H: "O meu dia a dia é trabalhar, doutoramento e Jornada Mundial da Juventude"

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O relógio marca as 20h30 e vários voluntários começam a chegar à Igreja de São José dos Olivais do Sul, em Lisboa. A Jornada Mundial da Juventude está a chegar e os planos que pareciam ser algo do futuro começam a ganhar forma.

Ana Sousa, de 31 anos, é coordenadora do Comité Organizador Paroquial (COP) dos Olivais e é quem inicia a reunião que junta chefes de equipa, o padre Pedro Figueiredo e os responsáveis da comunicação, da logística e da pastoral. No entanto, antes de começar a discutir os temas do dia, é evocado o Espírito Santo para agradecer a todos os membros do COP dos Olivais que permitem tornar real coisas que há um ano não imaginavam possíveis.

Ana é formada em engenharia biomédica e trabalha como engenheira de qualidade numa empresa inglesa, estando também a terminar um doutoramento em engenharia biomédica. "O meu dia a dia é trabalhar, doutoramento e Jornada", resume. Antes de ir para as reuniões, e nos pequenos intervalos no trabalho, prepara todos os tópicos que vão ser falados para tornar aquele tempo produtivo. Desde que Lisboa foi anunciada como cidade que vai receber a JMJ que Ana sabia que queria estar envolvida. "Já tinha ido a duas Jornadas, Madrid em 2011 e Cracóvia em 2016, e saber que iria ser em Lisboa foi mesmo emocionante".

O entusiasmo de participar neste grande evento católico levou Ana a escrever um email para o serviço de juventude do Patriarcado de Lisboa a perguntar o que poderia fazer, dois meses apenas após o anúncio. Não chegou a enviá-lo mas cerca de um mês depois o padre Bruno Machado perguntou-lhe se poderia coordenar este COP.

As reuniões de preparação são à noite pois a maioria dos voluntários ou estuda ou trabalha (ou ambos). Remota ou presencialmente, os voluntários marcam presença nesta sala da igreja. Este COP é formado por dez chefes de equipa e 151 voluntários, sendo que cada chefe vai coordenar oito a 15 voluntários conforme as necessidades.

Um dos temas centrais desta reunião foram os chuveiros que serão usados pelos peregrinos que vão ficar neste local. Ana fica feliz e aliviada por finalmente terem todos os materiais necessários para avançar com a colocação destes equipamentos. "Esta equipa do COP alberga tudo o que é da Jornada na paróquia tanto a nível pastoral, espiritual, logístico, de peregrinos, de divulgação", explica. Para o COP, o ideal é que todos os materiais de que necessitam sejam doações de empresas ou pessoas individuais, e é nestas reuniões que fazem o ponto de situação das doações e de tudo aquilo que será necessário comprar. O que mais entusiasma Ana a 12 dias da JMJ é finalmente associar uma cara aos peregrinos de quem têm vindo a falar nos últimos meses, tal como as relações que se vão criar.

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