Sócrates promete baixar impostos da classe média

Congresso. Líder socialista continua 'tournée' pelo PS

Secretário-geral do PS reuniu-se ontem com militantes do Porto

O secretário-geral do PS prometeu ontem, no Porto, que na próxima legislatura irá limitar as deduções fiscais dos mais ricos para poder aliviar a carga fiscal da classe média. "É preciso aliviar a carga fiscal da classe média fazendo com que aqueles que são mais ricos possam deduzir menos naqueles que são os seus contributos para o Estado", disse José Sócrates, em mais uma sessão de apresentação da sua moção ao congresso do PS (moção intitulada "PS: A força da mudança"). Esta é, disse, "a nossa proposta-bandeira no combate às injustiças fiscais".

Sócrates recordou o "enorme esforço" que o seu Governo fez no combate à evasão fiscal - "também uma forma de fazer justiça" -, afirmando que o seu Executivo "bateu todos os recordes" em termos de recuperação das dívidas ao fisco. Acrescentando que "é preciso continuar esse combate, mas, ao mesmo tempo, é preciso aliviar a carga fiscal da classe média".

Uma ideia que José Sócrates já tinha inscrito na moção "PS: A força da mudança", em que diz defender "a concretização de novas medidas que permitam desagravar as famílias de rendimentos médios, apoiando-as nas suas despesas essenciais e estimulando a natalidade". Sem nunca especificar como irá fazer as alterações, Sócrates diz apenas que é preciso "uma melhor distribuição do esforço fiscal, limitando as deduções de que hoje beneficiam os titulares de rendimentos muito elevados para que possam beneficiar mais aqueles que têm rendimentos médio".

Num discurso perante militantes e simpatizantes que enchiam por completo o auditório de um hotel do Porto, o líder do PS defendeu ainda como "bandeira política" o objectivo de instituir em Portugal a escolaridade obrigatória de 12 anos.

Ao longo do seu discurso, de cerca de 45 minutos, Sócrates recuperou algumas ideias já defendidas em anteriores sessões de apresentação da sua moção ao congresso (que decorrerá em Espinho de 27 deste mês a 1 de Março). Entre elas conta-se a defesa de um novo referendo sobre a regionalização e o direito ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. - J. P. H. com Lusa

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