Política
08 abril 2024 às 21h19
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BE considera curiosa descoberta do PS de condições orçamentais para resolver problemas

A deputada do BE Marisa Matias considerou hoje curioso que o PS tenha descoberto que "afinal há condições orçamentais" para resolver problemas aos quais a maioria absoluta não respondeu, esperando que o PSD cumpra as promessas eleitorais.

Durante uma conferência de imprensa no parlamento para apresentação de um projeto de lei sobre o apoio às rendas, Marisa Matias foi questionada pelos jornalistas sobre a carta que hoje o líder do PS, Pedro Nuno Santos, enviou ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, na qual manifestou disponibilidade para negociar um acordo que, em 60 dias, resolva a situação de certos grupos profissionais da administração pública.

"Estes problemas já existiam e a maioria do PS não quis resolver nenhum deles, tendo condições para isso, e portanto não deixa de ser de certa forma curioso que parece que haja agora uma descoberta de que afinal há condições e condições orçamentais, inclusive, para poder dar resposta aos professores, aos oficiais de justiça, aos profissionais de saúde e às forças de segurança", apontou.

Aquilo que a dirigente do BE espera é que as promessas eleitorais sejam "cumpridas por todos".

"Lamentamos que seja tardiamente, mas neste caso especificamente, como estes problemas estão ainda por resolver, faremos tudo o que está ao nosso alcance para pressionar o Governo a que não seja só palavras, que seja mais ação e que possa trazer enquanto Governo o cumprimento das coisas que foi dizendo na campanha eleitoral", enfatizou.

Para Marisa Matias, não faz sentido arrastar estes problemas sabendo que há condições para os resolver, sendo a preocupação do BE "que os professores possam ver as suas carreiras descongeladas, que os profissionais de saúde tenham condições, que os oficiais de justiça tenham condições e que as forças de segurança também as tenham".

"Nós percebemos que o PSD, durante a campanha eleitoral, foi muito célere a apresentar promessas para resolver estes problemas, que são problemas centrais neste momento", começou por referir, avisando que desde que "deixou de ser campanha e passou a ser oficial que, da parte de Luís Montenegro e do Governo, já não há tanta clareza sobre o cumprimento dessas promessas".