O número de militares ao serviço das Forças Armadas a 31 de dezembro passado era de 21 080, de acordo com dados revelados pelos oficiais-generais do Grupo de Reflexão Estratégia Independente (GREI) numa carta que entregaram esta semana ao Presidente da República e aos grupos parlamentares.
Volta a ser uma queda histórica do efetivo, com a soma dos militares do Exército, Força Aérea e Marinha a ser menor do que, por exemplo os da GNR (22 789 em 2022). Os dados oficiais de 2023 ainda não estão disponíveis, segundo respondeu ao DN o Ministério da Defesa Nacional, mas a confirmar-se, como assinalam os oficiais generais na missiva, as Forças Armadas nacionais contam apenas com “68% dos 30 840 autorizados pelo Decreto-Lei 6/2022, de 07 de janeiro, quantitativos esses bastante reduzidos, se se considerar o valor superior do intervalo (30 000 - 32 000) previstos na Reforma Defesa 2020, de 2013, e cujo estudo e racional que os sustentaram são desconhecidos”.
Esta nova queda não será, no entanto, uma surpresa. Tem sido contínua, com exceção do período da pandemia durante o qual foi possível aos militares em regime de contrato prolongarem os mesmos. Os últimos números do MDN disponíveis, relativos a dezembro de 2022, indicam que nessa altura eram 22 023 (apenas quadro permanente ativo, regimes de contrato e militares na reserva na efetividade de serviço).