Saúde
26 abril 2024 às 13h19
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FNAM teme um verão difícil no SNS "se nada for feito"

Joana Bordalo e Sá espera que as decisões do novo Governo garantam “mais méritos ao SNS, que é o que a população necessita”, e frisou que não se trata só da revisão da grelha salarial em 30%.

A presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fnam), Joana Bordalo e Sá, teme um verão complicado no Serviço Nacional de Saúde (SNS) “se nada for feito” em termos da valorização dos médicos.

“Se nada for feito, sabemos que isso pode acontecer. O verão estão à porta. Muitos médicos já chegaram às 150 horas extraordinárias que estão obrigados a cumprir. Se nada for feito, teremos um verão muito difícil”, afirmou à saída da reunião com a ministra da Saúde.

Bordalo e Sá espera que as decisões do novo Governo garantam “mais méritos ao SNS, que é o que a população necessita””, e frisou que não se trata só da revisão da grelha salarial em 30%: “é a questão de valorizar os médicos, regressar às 35 horas, voltar a trazer médicos para a carreira, há questões importantes como médicos de família, médicos de saúde pública, médicos hospitalares. Não estamos em condições de aceitar perda de direitos. São necessárias melhores condições.”

“Se for feito com seriedade, certamente chegaremos a bom porto. A população merece ter médicos no SNS”, afirmou, acerca das negociações entre sindicatos e governantes. 

Bordalo e Sá recordou que “há médicos que têm condições de trabalho muito difíceis, com equipas pequenas, e por isso entregam escusas de responsabilidade”.