Óbito
17 março 2024 às 20h50
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Morreu o poeta Nuno Júdice. Tinha 74 anos

Era um dos mais importante poetas portugueses.

O poeta Nuno Júdice morreu este domingo aos 74 anos, vítima de cancro. Estava internado no Hospital da Luz, em Lisboa.

Ensaísta, ficcionista e professor universitário, foi um dos principais autores numa época de transição de poesia portuguesa, da década de 1960 dos anos 80 e seguintes.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, emitiu já uma nota de pesar no site oficial da presidência, considerando-o "um autor decisivo numa época de transição da poesia portuguesa".

"Sendo um dos mais prolíficos poetas portugueses, e um dos mais traduzidos, era o mais reconhecido internacionalmente", escreve Marcelo, lembrando que "recebeu, entre muitos outros, o Prémio Ibero-Americano Rainha Sofia. O volume 50 Anos de Poesia (1972-2022) é uma súmula desse percurso de meio século".

O Presidente lembra ainda que "Nuno Júdice foi igualmente professor na Universidade Nova de Lisboa; ensaísta com obra publicada no âmbito da literatura portuguesa da Idade Média à atualidade; um ficcionista inesperado e inventivo; tradutor e organizador de antologias; diretor de revistas literárias como a “Tabacaria” e a “Colóquio-Letras”; e exerceu funções de conselheiro cultural da Embaixada de Portugal em Paris, onde também dirigiu o Instituto Camões".

"A sua obra poética e o trabalho de décadas em diferentes instituições foram um contributo maior para a singularidade, o cosmopolitismo e a projeção da literatura portuguesa", pode ainda ler-se.

LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA

Também a editora do escritor expressou pesar: "Foi com profundo pesar e sentida consternação que na Leya e principalmente na Dom Quixote tomamos conhecimento da triste notícia do falecimento de Nuno Júdice, hoje, em Lisboa, vítima de doença. Uma notícia que abalou todos os que trabalharam mais de perto com Nuno Júdice mas, com toda a certeza, todos os seus muitos leitores e admiradores. E que sem dúvida deixa mais pobre a literatura e a poesia portuguesas", pode ler-se num comunicado enviado à Lusa.

Tópicos: Óbito, literatura