Além de ter renunciado ao cargo, Cosgrave acabou por pedir desculpa. "Infelizmente, os meus comentários pessoais tornaram-se numa distração", declarou, na altura, o empreendedor irlandês.
Na origem da polémica, esteve esta mensagem de Cosgrave: "Estou impressionado com a retórica e as ações de tantos líderes e governos ocidentais, com a exceção particular do governo da Irlanda, que pela primeira vez está a fazer a coisa certa. Os crimes de guerra são crimes de guerra mesmo quando cometidos por aliados, e devem ser denunciados pelo que são".
Perante a polémica, o fundador da Web Summit afastou-se e a liderança da cimeira tecnológica foi assumida por Katherine Maher, antiga diretora da Wikimedia Foundation.
Agora, Cosgrave está de regresso e tem como objetivo tornar a cimeira "mais concentrada na comunidade".
"Aproveitei o tempo para reencontrar velhos amigos da Web Summit, ouvi o que tinham para dizer e o que queriam da Web Summit. Alguns avanços tecnológicos, relacionamentos, parcerias e empresas incríveis cresceram a partir dos nossos eventos e eu quero continuar a construir sobre isso. Se alguma coisa eu quero fazer é aumentar ainda mais esta missão para construir comunidades ainda mais fortes dentro da Web Summit", escreveu o CEO.
Para Paddy Cosgrave, "à medida que a Web Summit se torna maior", o objetivo passa por torná-la "mais íntima" e "mais centrada na comunidade".
"Iremos semear pequenas comunidades nos nossos eventos e, em seguida, ajudar essas comunidades a prosperar muito depois de cada evento. Estou incrivelmente entusiasmado com o futuro e tenho muito mais para partilhar", assegurou o CEO da Web Summit.