Diz Observatório Sírio dos Direitos Humanos
29 março 2024 às 15h22
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Pelo menos 42 soldados foram mortos na Síria em ataque israelita

Ataque visou a região de Alepo, no norte da Síria. Entre as vítimas mortais estão soldados sírios e do Hezbollah libanês. Observatório Sírio dos Direitos Humanos indica que este é o ataque israelita mais mortífero em solo sírio nos últimos três anos.

Pelo menos 42 soldados sírios e do Hezbollah libanês foram esta sexta-feira mortos num ataque israelita que visou a região de Alepo, no norte da Síria, indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Num anterior comunicado, a organização não-governamental (ONG), sediada em Londres e com uma vasta rede de fontes sírias, tinha dado conta que 36 soldados foram mortos e dezenas ficaram feridos nos ataques israelitas", que tiveram como alvo uma zona próxima do aeroporto de Alepo.

Segundo o OSDH, o ataque visou "depósitos de mísseis pertencentes ao Hezbollah libanês", grupo fundamentalista xiita apoiado pelo Irão e que luta ao lado do regime sírio.

O Observatório salienta este é o ataque israelita mais mortífero em solo sírio nos últimos três anos.

Moscovo critica ataques israelitas na Síria

A Rússia já condenou os ataques israelitas na Síria, referindo que são "completamente inaceitáveis".

"Tais ações agressivas contra" a Síria, "que constituem uma violação flagrante da soberania do país e das normas básicas do direito internacional, são categoricamente inaceitáveis", disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, em comunicado.

Um ataque aéreo já tinha atingido um edifício residencial nos subúrbios da capital Damasco na quinta-feira, ferindo pelo menos duas pessoas, de acordo com a Sana, que atribuiu o ataque a Israel.

A zona visada, Sayyida Zeinab, é considerada um reduto de grupos pró-iranianos na Síria.

O exército israelita efetuou centenas de ataques aéreos na Síria desde o início da guerra neste país vizinho, visando sobretudo os grupos pró-iranianos.

Os ataques aumentaram desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.

Israel raramente comenta os ataques que realiza, mas afirma que não vai permitir que o Irão, inimigo declarado do Estado hebraico, se estabeleça junto às fronteiras do país.

Notícia atualizada às 16:15