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19 abril 2024 às 00h20
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Presidente visitava obras na Aguieira

A barragem da Aguieira começava a ser construída, num empreendimento que teria um custo total de cerca de 2,4 milhões de contos. A tensão continuava no Médio Oriente e na Irlanda do Norte. Em Paris, faleceu o dramaturgo Marcel Pagnol.

O aproveitamento das águas que confluíam do rio Dão com o Mondego já tinham um plano para serem aproveitadas: a construção da barragem da Aguieira. “A barragem da Aguieira ao regularizar o curso do Mondego beneficiará dois milhões de pessoas”, titulava o DN.

A notícia era encimada por uma fotografia, com uma vista geral, da visita do presidente Américo Thomaz às obras, então em curso. “O chefe de Estado visitou as obras de construção do empreendimento que custará 2,4 milhões de contos e estará concluído em 1979”, podia ler-se, no pós-título.

“O aproveitamento da Aguieira, localizado no rio Mondego, imediatamente a jusante da confluência do Dão, destina-se a fins múltiplos de produção de energia eléctrica, rega e regularização do caudal do Mondego, constituindo a obra mais importante deste plano”, podia ler-se.

“A barragem que terá uma altura de oitenta metros permitirá criar uma albufeira com cerca de 33 quilómetros de extensão no rio Mondego e mais de 20 quilómetros nos rios Dão e Criz, com uma capacidade de 350 milhões de metros cúbicos”.


Entretanto, Marcello Caetano era homenageado em Angola, recendo o título de Doutor ‘Honoris Causa’ pela Universidade de Luanda. Também nas colónias, apesar de o regime ter os dias contados, o governo continuava a tomar medidas. Em Moçambique, por exemplo, tomaram posse os novos governadores dos distritos da Beira e da Ilha de Moçambique.


No Médio Oriente, Israel e a Síria continuavam a debater-se. “Devemos estar preparados para uma nova guerra”, declarava Golda Meir, primeira-ministra israelita.

Henry Kissinger, secretário de estado norte-americano, continuava em conversações, com sírios e egípcios, com vista à resolução dos conflitos nesta região. “A separação das forças no Golã: Uma missão quase impossível para Henry Kissinger”, titulava o DN. 


No Reino Unido, a tensão também tomava conta do país, na região da Irlanda do Norte. “Visita surpresa de Wilson a Belfast: O governo de Sua Majestade não permitirá que a violência saia vencedora - advertiu o primeiro-ministro britânico na Irlanda do Norte”, lia-se, na primeira página do DN.


O dramaturgo Marcel Pagnol morreu, em Paris.