Z, a alcunha da atriz, começa por dizer que estava muito nervosa com o projeto: “Não consegui definir que tipo de filme Challengers seria. Achei-o divertido, muito divertido, mas não era uma comédia... Havia também drama, mas, ao mesmo tempo, não era um drama puro. E, apesar de ter ténis, não é um filme de desporto. Tive essa sensação de que era um pouco disso tudo e deixou-me com muito medo, ainda que simultaneamente bastante entusiasmada e excitada.”
Ao seu lado, a revelação Mike Faist (descoberto por Spielberg em West Side Story) não para de sorrir, mas garante que também entrou para o projeto desconfiado. A única certeza que tinha é que ia fazer um filme de arte - tinha razão: “A minha personagem é uma espécie de artesão que se apaixona pela sua arte, o ténis. É alguém que, num certo momento da sua vida, quer voltar a esse momento de pureza. Quer voltar a sentir esse embalo que permite uma espécie de transcendência. Alguém que faz do seu trabalho uma paixão e que ama todo esse processo.”
E é sobre ténis que Zendaya fala a seguir: “Vou ser franca: não tinha ideia absolutamente nenhuma sobre este desporto. Não sabia patavina! O que sabia era apenas sobre a Venus e a Serena Williams. Só isso ainda aumentou mais o desafio. Nem de propósito, a minha personagem é suposto ser uma grande jogadora, logo eu que nunca joguei bem. Creio que no começo aparecia muito nervosa. Aliás, no primeiro dia estávamos todos incrivelmente nervosos! Quer eu, quer aqui os meus colegas, treinámos lado a lado. E fizemos juntos muito trabalho de ginásio. A dada altura percebi que para isto resultar tive de olhar para o ténis como uma coreografia. Pensei: já que sou dançarina, deixa-me dançar isto...”.
Logo a seguir, avisa que dá graças a Deus ter feito uma personagem que a assustou: “Cada vez que vejo e revejo o filme bate-me algo na cabeça e faz-me mudar de opinião sobre as personagens. Challengers deixa-me sempre surpreendida. Umas vezes estou a torcer pela personagem do Mike, noutra pela do Josh... É um filme que nos faz ficar perto daquelas pessoas e aprender com elas. O público vai ter uma reação inicial que depois se arrependerá. É essa a beleza do grande cinema, não é?!”