Perseguidos pela ditadura, foi na publicidade que muitos poetas e escritores comunistas e antifascistas encontraram o ganha-pão antes do 25 de Abril. Orlando da Costa chamou-lhe poesia por encomenda. José Carlos Ary dos Santos autorretratou-se como lãzudo publicitário, poeta castrado é que não. Alexandre O'Neill criou slogans que se tornaram provérbio ou até anedota. No tempo das palavras proibidas, saber jogar com elas valia ouro.