Exclusivo A década de Pessoa, Almada e do Repórter X
Da imprensa às artes plásticas e à literatura, um cheirinho muito leve sobre a atividade e a influência de fundadores da intelectualidade portuguesa na década de 20 do século passado.
"Morro eu, mas salva-se a Pátria", "Morro, mas morro bem. Salve-se a Pátria" ou simplesmente "Morro bem. Salve-se a Pátria". Uma destas três, ou, na verdade, nenhuma delas. Estávamos a 14 de dezembro de 1918, Sidónio Pais tinha acabado de ser assassinado a tiro na estação de comboios do Rossio e o Repórter X, pseudónimo do muito inspirado e criativo jornalista Reinaldo Ferreira, destacado para o local, descrevia como tendo sido uma destas frases o que o presidente da recentíssima e muito atribulada República Portuguesa teria proferido antes de tombar, inerte. Não abriu sequer a boca, levou um tiro direto no pulmão. Reinaldo Ferreira tinha chegado atrasado ao local.