Para já, o Estoril Open está fora do calendário ATP para 2025 revelado ontem, mas o diretor do torneio acredita que o open português não saírá do circuito no próximo ano. “Prosseguem as diligências para se encontrar a melhor solução e continuarmos a organizar o maior evento tenístico nacional. Dizer mais do que isto, nesta altura, é revelar coisas confidenciais que podem comprometer o processo. Não desistimos. Há algumas possibilidades que serão discutidas na reunião do ATP que se realiza em Madrid, por altura do Masters [22 de abril a 5 de maio]”, disse ao DN João Zilhão, que não se dá por derrotado.
O problema é encontrar datas no calendário e, segundo soube o DN, para se salvar o open português terá de haver uma alteração das datas habituais e até de local. Mas o diretor acredita na resiliência do torneio, que se realiza desde 1990 e que em 2014 também sofreu ameaça idêntica, devido a dificuldades financeiras, antes de mudar de organizador: “Se em 11 semanas colocámos um novo Estoril Open de pé, também iremos conseguir mantê-lo”, garantiu o homem que em 2015 deu início ao Millenium Estoril Open, em colaboração com a 3LOVE, a Câmara Municipal de Cascais e o Clube de Ténis do Estoril.
Em 2025 estão previstos 60 torneios ATP em 29 países: quatro Grand Slams, nove Masters 1000, 16 ATP 500 (mais três do que até agora) e 30 ATP 250, para além das ATP Finals. O Estoril Open perdeu o lugar na primeira semana da época de terra batida europeia para o ATP 250 de Bucareste, organizado pelo homem mais rico da Roménia, o bilionário Ion Tiriac, um torneio idêntico ao português em formato e em prize money (quase 600 mil euros).
Tiriac fez fortuna ao fundar o Tiriac Bank e a comprar licenças para organizar torneios, como Estugarda, Hannover e Madrid e agora Bucareste, que regressa este ano - joga-se de 15 a 21 de abril e conta com o português Nuno Borges - depois de oito anos de ausência e que irá manter-se em 2025 na semana que era do evento português.