01 agosto 2017 às 20h45

Capital de Cabo Verde realiza campanha para prevenir doenças na época das chuvas

A Câmara Municipal da Praia vai realizar, no próximo sábado, uma megacampanha de limpeza para prevenir doenças transmitidas por mosquitos na época das chuvas na capital cabo-verdiana, que registou 53 casos de paludismo desde o início do ano.

Lusa

O anúncio da megacampanha de limpeza foi feito hoje em conferência de imprensa pelo vereador do Saneamento, António Lopes da Silva, que indicou que, além das ruas, vai incidir nos pardieiros e casas abandonas em situação mais crítica para propagar mosquitos.

O vereador indicou alguns bairros mais problemáticos a serem contemplados com a campanha, como Ponta Belém, Várzea, Eugénio Lima, Vila Nova, Castelão, Coqueiro, Tira Chapéu, Bela Vista, Fonton e Brasil.

António Lopes da Silva apelou aos praienses a aderirem à campanha, mas também a terem uma consciência mais cívica, no sentido de não sujar.

Presente também na conferência de imprensa, a delegada de saúde da Praia, Ulardina Furtado, disse que a campanha é o culminar de um trabalho que tem sido feito desde o mês de junho para a prevenção de doenças transmitidas por mosquito.

Na semana passada, e delegada de Saúde avançou à agência Lusa que a cidade da Praia registou 53 casos de paludismo desde o início do ano, 49 dos quais locais, números considerados anormais, já que a maioria dos doentes foi diagnosticado nos últimos dias.

A médica disse que no início os principais focos de casos se situavam na zona baixa da Praia, como o Taiti, Parque 05 de Julho, Várzea e Ponta Belém, mas depois "espalhou-se por toda a cidade da Praia", chegando a Achada de Santo António ou Lém Ferreira.

A responsável de saúde afirmou que essas zonas têm mais deficiência em termos de saneamento básico e há mais lixeiras, o que facilita a propagação de mosquitos.

Considerando que o número de casos ainda não saiu do parâmetro esperado, a médica sublinhou, porém, que prevê o aparecimento de mais casos assim que começar a chover, já que o "pico habitual" é depois das chuvas, nos meses de outubro e novembro.

Ulardina Furtado disse que a megacampanha pretende também prevenir propagação de mosquitos que possam transmitir dengue e zika.

A campanha conta com colaboração de várias organizações da sociedade civil, Polícia Nacional, Forças Armadas, Proteção Civil.

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