18 julho 2014 às 16h01

Comissão Europeia ativou a Célula de Coordenação de Crise

A Comissão Europeia ativou a Célula de Coordenação de Crise da Aviação Europeia, na sequência da queda do avião das Linhas Aéreas da Malásia na Ucrânia, anunciou hoje em Bruxelas o comissário europeu dos Transportes.

Lusa, texto publicado por Sofia Fonseca

"Ativei a célula de crise da aviação da União Europeia, de modo a haver uma coordenação apropriada dos efeitos no espaço aéreo para garantir a segurança dos voos", anunciou Siim Kallas, que é também vice-presidente da Comissão Europeia, no dia seguinte à queda do aparelho da Malaysia Airlines, que se despenhou no leste da Ucrânia, quando fazia a ligação entre Amesterdão e Kuala Lumpur.

Criada em 2010, a célula de crise da aviação europeia é liderada pela Comissão e pelo Eurocontrol, contando com a participação de prestadores de serviços de navegação aérea, utilizadores do espaço aéreo e autoridades aeroportuárias.

O comissário com a pasta dos Transportes disse querer "assegurar aos passageiros aéreos que é seguro voar", mas afirmou também "compreender plenamente que o público esteja ansioso por conhecer os factos" que levaram à queda do aparelho, e que, defendeu, "devem ser apresentados ao escrutínio da opinião pública".

"O que é necessário agora é uma investigação imediata e independente às causas da queda (do avião). Em termos práticos, isso significa um acesso sem restrições dos investigadores ao local da queda e, obviamente, às 'caixas negras'", disse.

A terminar, Kallas apontou que se se confirmar que a queda do avião foi causada de forma deliberada, ou seja, se o aparelho foi abatido "com tantos civis inocentes a bordo", os responsáveis "responderão perante a Justiça".

O avião da Malaysia Airlines, com 298 pessoas a bordo, fazia a ligação entre Amesterdão e Kuala Lumpur, tendo desaparecido dos radares da Ucrânia a uma altitude de 10.000 metros.

O Boeing-777 perdeu a comunicação com terra na região oriental de Donetsk, perto da cidade de Shaktarsk, e palco de combates entre forças governamentais ucranianas e rebeldes pró-russos.

Os serviços secretos norte-americanos disseram "acreditar fortemente" que o avião foi abatido por um míssil terra-ar, de origem ainda desconhecida.